Reflexão

A influência das redes sociais

É inegável que o acesso à internet proporcionou praticidade e agilidade em nosso dia a dia. Tudo se tornou tão mais fácil e tão mais rápido que hoje em dia é quase impensável viver sem essa grande aliada em nossas vidas.

Com a internet vieram também as redes sociais, uma ferramenta que surgiu para que as pessoas pudessem se relacionar de maneira rápida. Se tornou possível compartilhar experiências, conquistas e momentos com todos os amigos e família de uma só vez. Isso somente para citar o básico.

Neste universo composto por cliques e barras de rolagem, fotos e vídeos impecáveis, centenas de seguidores e curtidas, quanto mais, melhor. Há a necessidade de ver o máximo possível, de participar de tudo o que está em alta e de se autoafirmar como atual e ativo perante sua rede de conexões. Afinal, não é aceitável perder nada, visto que temos o mundo ao nosso alcance. Ficar por fora de algum assunto? Impensável.

Por isso, um tema que tem sido cada vez mais discutido e tem relação direta com o medo da perda e os sentimentos que a permeiam é o fenômeno psicológico nomeado FOMO, que significa “Fear of missing out” ou “Medo de ficar por fora”.

A existência do FOMO não é necessariamente ruim, uma vez que pode trazer movimento, iniciativa e descobertas. Porém, torna-se prejudicial a partir do momento em que não se consegue mais aproveitar o presente devido à sensação constante de perda de outra boa oportunidade.

Ao fazer uma escolha, faça de modo integral. Viva e sinta plenamente o que aquele momento te proporciona. Toda escolha implica em alguma forma de renúncia e se você se permitir dominar pelo que não aconteceu ou pelo que poderia ter acontecido ao escolher outra opção, dificilmente conseguirá sentir que viveu experiências plenas e gratificantes.

Com o passar do tempo, o sentimento de perda e a ansiedade podem dar lugar a culpa por acreditar que não é capaz de viver uma vida feliz.

A noção de felicidade nas redes sociais pode muitas vezes afastar-se do real, pois muito do que se vê relaciona-se a questões ligadas a aparência, ao poder aquisitivo e a influência (e relevância) que se tem perante as conexões estabelecidas.

É como se pairasse no ar digital uma infinidade de critérios que precisam ser preenchidos para obter alguma satisfação, dentre elas o senso de pertencimento.

Porém, o fazer parte, antes de mais nada, é fazer parte de si mesmo. É se conhecer para então poder se abrir às infinidades que o mundo tem a nos oferecer. Ao se conhecer é possível desenvolver a sua capacidade de observar o mundo e as pessoas que o cercam e, se necessário for, filtrar apenas o que estiver dentro de suas buscas e motivações. O uso do seu poder de julgamento volta-se assim para a sua realidade e caminha em harmonia com suas características pessoais, enriquecendo o seu cotidiano.

Portanto, exercite separar o que é relevante para você do que não te traz benefícios reais.

Busque refletir sobre a influência que as redes sociais exercem em sua vida e qual a melhor forma de usá-la, levando em consideração a sua realidade, seus valores e propósitos.

Portanto, digo que o impacto que as redes sociais exercem na vida das pessoas é subjetivo, pois essa definição é, antes de qualquer coisa, estabelecida fundamentalmente a partir de cada indivíduo.

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