Reflexão

As escolhas que fazemos

 “I am not what happened to me. I am what I choose to become”

“Não sou o que aconteceu comigo. Sou o que eu escolher me tornar”

Carl Gustav Jung

Somos o resultado das escolhas que fazemos. E existem escolhas que exigem mais de nós mesmos do que estamos acostumados. Passamos por isso em vários momentos de nossas vidas.

Um processo de escolha pode trazer à tona aspectos de nosso mundo interno pouco explorados, como sentimentos de medo, insegurança e angústia. Muitas vezes acabam prejudicando a fluidez do pensamento e até mesmo o nosso discernimento, dificultando as tentativas de resolução. Porém, fazer escolhas faz parte da vida tanto quanto o errar.

Lidar com incertezas e também com a certeza de que não temos garantias sobre o futuro faz parte da vida e por isso é importante trabalhar com a aceitação de nossas vulnerabilidades. Só é possível fortalecer aquilo que reconhecemos e quanto mais consciência tivermos sobre as nossas fragilidades, mais oportunidades teremos de entender como o nosso mundo interno funciona e de que modo interage com o externo.

Não é uma visão realista acreditar que podemos controlar o que nos cerca com a intenção de nos proteger de sentimentos que tememos ou de escapar das eventuais perdas que inevitavelmente sofreremos ao longo de nossas histórias.

Todos nós vivenciaremos situações que nos trarão à tona fragilidades. Cada uma dessas experiências será um chamado à nossa capacidade de ultrapassar barreiras que até então considerávamos intransponíveis. E isso nos diz muito sobre como tais experiências podem ser enriquecedoras e transformadoras.

Existem acontecimentos em nossas vidas os quais não temos controle e que são inevitáveis. O que podemos controlar é como agiremos e como seguiremos a partir dali. Pode ser que você decida andar pelo caminho mais fácil e encontrar um “culpado” para que se livre da árdua tarefa de se despir das camadas defensivas que veste. E então, você escolhe ser aquilo que te aconteceu. Ou pode ser que você decida seguir pela trilha que te apresente possibilidades de fortalecimento interno. Assim, você escolhe ter as rédeas de sua vida e a se responsabilizar por suas decisões.

Independente de qual escolha seja, ambas possuem algo em comum: são trabalhosas e demandam muito de nós mesmos. Cabe a cada um de nós acessar nosso mundo interno, relembrar o que nos move, entender o que nos aprisiona e qual o significado do “ser livre” em nossas histórias.

A vida realmente é feita de escolhas e vive-se melhor aquele que consegue escolher respeitar a si mesmo e a sua autenticidade com coragem para enfrentar seus medos e maturidade para se responsabilizar pelos seus atos.

Para isso é importante se abrir para si mesmo. Compreender quais aspectos internos precisam ser observados e reconhecer qualidades que nos dizem um pouco sobre quem somos.

A coragem é inerente ao processo de legitimação do si mesmo.

Dessa forma torna-se mais fácil encarar a vida com mais leveza e confiança, afinal, as escolhas que fizer não serão meramente escolhas, mas sim uma extensão de quem você é e do que você acredita.

 “A gente só é feliz quando decide ser feliz. Ninguém nos traz felicidade ou nos faz infeliz. Esse poder está em nossas mãos.”

Autor desconhecido

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